Primeiro foram os jornais (nos EUA andam a falir a um ritmo diário)
Depois serão as televisões (mesmo quando Espanha tira a pub do canal público)
Os grupos de media vão pelo mesmo caminho.
O desporto anda pelas ruas da amargura (ver como a Formula 1 dá os últimos suspiros).
O mundo em que a publicidade sustentava a edição de conteúdos está rapidamente a desaparecer. O modelo de negócios completamente insustentável em que se paga a jornalistas e autores pela sua capacidade de entreter multidões de espectadores vai chocar com a fraca geração de valor que produz e no final não vai restar grande coisa para contar a história.
Pouca gente pode alegar ignorância no processo.
Estava-se mesmo a ver que pagar milhões para mudar um logotipo era má ideia
Estava-se mesmo a ver que pagar milhões para estar numa camisola suada era má ideia
Estava-se mesmo a ver que alegar que cada exemplar de jornal é lido por 10 pessoas diferentes tinha as pernas curtas
Estava-se mesmo a ver que precisar de 100 jornalistas para fazer um só jornal é insustentável.
Estava-se mesmo a ver que os grupos de media não geram retorno suficiente aos seus accionistas
Estava-se mesmo a ver que a existência de canais públicos e subsídios à cultura é um roubo aos contribuintes destinado apenas a sustentar artistas ociosos.
Razão tinha Seth Godin quando há dez anos anunciou que o complexo-publicitário-industrial estava condenado. Se tiverem interessados em ter um modo de vida dentro de 10 anos, por favor, fujam desse elefante branco.