Porque os empregados reagem mal aos elogios.
Atente-se em dois exemplos:
Um elemento de uma equipa tem uma semana invulgarmente bem sucedida, resultado de alguma sorte e de boa disponibilidade mental e pessoal. A família não lhe está a dar grandes problemas, o seu clube de futebol jogou bem, está sol e o homem sente-se mais animado e encara o trabalho com outro fôlego.
O seu colega não gosta do calor e a família só o chateia para ir para praia, não o deixando em paz para trabalhar em condições e por azar perdeu um negócio que andava a namorar há algum tempo. Enfim, uma semana para esquecer.
A chefe destes dois trabalhadores, resolve elogiar o primeiro, reconhecendo o seu e reclamar com o segundo, fazendo-o ver que não tem razões para andar tão arreliado e que a sua atitude lhes custou um importante negócio.
Ora, como não há mal que sempre dure nem bem que nunca acabe, ao primeiro dos trabalhadores exemplo é mais provável que tenha azar depois de tanta sorte, tal como ao segundo, o que antes correu mal, pode agora correr bem.
Assumindo que nada de fundamental separa estes dois trabalhadores, os seus ciclos de desempenho vão em breve se cruzar, o azarado terá sorte, o sortudo o contrário, e a chefe?
Pois bem, a chefe irá olhar para trás e concluir que o seu elogio foi motivo para o primeiro dos trabalhadores se acomodar e a sua reclamação levou o segundo trabalhador a se esforçar. Esta chefe, como todos os chefes, será levada a pensar, por defeito do seu posto de observação, que é mais vantajoso reclamar do que elogiar.
Todos sabemos que não têm razão, mas podemos compreender como é que se deixa enganar e perceber que reagimos assim também em tantas outras semelhantes situações. Como por exemplo com a publicidade feita pela negativa, só para trazer o tema mais para perto do tema do blog. Mas sem ir por aí: Vá-lá, repensem lá, afinal são capazes de ter mais motivos para elogiar do que a observação parcial que fazem os tem levado a crer.