Sábado, 19 de Março de 2011

24-3-2024 – A anunciada Extinção da Direcção de Marketing

(especial daqui a 13 anos do Meios&Publicidade)

 

Por uma vez apenas celebrar-se-á, a 24 de Março de 2024, a extinção oficial da Direcção de Marketing. Assinalando enfim o fim de uma estrutura e de um orçamento arcaicos. Acaba-se assim, de vez, com a agonia dos antigos métodos e preconceitos, que, apesar de obsoletos, ainda teimavam em reaparecer.

 

Há já muito tempo que as marcas mais bem sucedidas deixaram de anunciar em busca do fútil reconhecimento. Desde que se demonstrou que as marcas mais desejadas do mundo haviam recolhido hordas globais de seguidores fieis sem precisarem de gastar dinheiro com publicidade, a notoriedade foi riscada dos orçamentos empresariais. O Google, a Zara, o Facebook, a Apple, foram as pioneiras, as primeiras de muitas mais marcas fenómenos mundiais sem gastos de publicidade. Depois delas, a comunicação comercial deixou de exibir vaidosos argumentos para procurar servir os consumidores com propostas interessantes.

 

Jogados no mesmo caixote sem reciclagem foram os desinspirados estudos de mercado, também eles ultrapassados. Esses estudos, incapazes de exceder as expectativas dos consumidores, falharam repetidamente em surpreender, feito que é uma condição básica para um produto ser bem sucedido. A sequência imprevisível de ipods, iphones e ipads que transformaram a Apple na segunda empresa mais valiosa do mundo, foi o princípio do fim dos estudos de simulação. Sem originalidade, os seguidores dos estudos, foram arrasados numa destrutiva guerra de preços, incapazes de competir com as inovações ousadas dos produtos e serviços criados por auto-suficientes equipas experimentalistas.

 

Os vencedores, os criadores de melhores produtos, aqueles que vão além da banalidade, são igualmente bons em qualquer parte do mundo. Tão bons que os consumidores adoptam com velocidade sempre crescente, as criações surpreendentes. Depois do Facebook ir de zero a 500 milhões em poucos meses,  a velocidade de adopção só aumentou, esmagando como insectos as pequenas operações regionais indiferenciadas, inutilizando os carteis locais, mais os seus favorecimentos governamentais. Com o descalabro das empresas regionais, desapareceram as agencias de publicidade locais e com estas, os seus fornecedores de eleição, meios regionais de publicidade sem efeito garantido.

 

Em 2024, apesar de quase ninguém ter saudades do marketing de antigamente, ainda há muito quem se lembre de como era o tempo em que se vendiam maus produtos com apenas anúncios chamativos ou se negociava entre amigos uns descontos de mais de 70% em espaço de publicidade sem resultado. Os Directores de Marketing desses tempos antigos pareciam ser pessoas importantes, mas agora, quando comparados com os criadores de produtos ou serviços excepcionais com aceitação mundial, sabemos que os antigos, os do plano anual, não passavam senão de amadores, condenados ao dia de hoje, condenados à extinção.

publicado por Consumering às 03:11
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